Nos
reality shows o espetáculo da auto-referência chega ao paroxismo. O
público é levado a jogar o jogo instituído pela mídia. Nos dias de
paredão no Big Brother Brasil, por exemplo, o país fica mobilizado e
polarizado em torno de argumentos banais sobre quem deve ser o
eliminado. Cuja votação por telefone rende muitos milhões de reais à
Rede Globo.
Essa
mistura de fazer com que o público acreditar que pode interagir com o
programa e de instigar o instinto das pessoas em observar a privacidade
alheia dentro elementos de teledramaturgia, formam um produto pronto
para atender as expectativas da sociedade.
Apesar
de ser criticadas por muitos, deve-se admitir o sucesso que o programa
faz. É uma forma de entretenimento de muito sucesso. Quem nunca se viu
espiando a casa e discutindo os temas expostos pelos participantes. Em
2011 a edição trouxe pela primeira vez uma transexual, apesar de ser
eliminada na primeira semana, a Ariadna causou nas redes sociais e caiu
na boca do povo. Maria, vencedora da 11º edição, contribuiu
para que o livro "Deixe os homens aos seus pés", ao qual Maria se
apegou para se livrar da sombra de Mauricio dentro da casa, e conquistar
o Wesley, se tornasse um dos mais vendidos do
país. Escrito pela americana Marie Forleo, O sucesso pós-Maria foi
tanto, que a editora Universo dos Livros mandou imprimir mais 80 mil
exemplares para atender à demanda.
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