Do homem primitivo, mudo e analfabeto, até o homem do espaço, da televisão via
satélite e da internet, a comunicação humana passou por etapas bastante significativas.
Corpo, fala, escrita, imprensa, telecomunicações. Esta é, em resumo, a historia da
comunicação humana cuja evolução tem como principal característica ter sido mais
cumulativa e integrativa do que substitutiva. Nenhuma etapa acabou com aquela que a
precedeu, ao contrário, incorporou-a. Talvez tenha passado de um estágio mais simples
para outro mais intrincado, mormente a comunicação contemporânea dos megabits. O
fato é que o homem está no centro dessa história, não há tecnologia que desfaça esta
constatação. Não há como descartá-lo, mesmo em se considerando a dimensão de
espetáculo dada às inovações tecnológicas em detrimento do fator humano. Na
contramão da espetacularização atribuída aos meios modernos de informação e
comunicação, entendemos que a sociedade da comunicação não é aquela em que tudo se
comunica, haja vista ser este o esquema da sociedade da informação. Para o resgate da
comunicação como agregadora de conhecimento, entendemos também que haverá o
retorno da História, das sociedades, das civilizações e das religiões, em contraste com a
vitória das tecnologias e da economia. Teremos que resgatar o outro com quem
devemos nos relacionar: este outro, o homem que está lá, na ponta da rede, seja qual for
a tecnologia.
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